Parceria entre o GDF e o governo federal garante investimento de cerca de R$ 50 milhões nas duas novas unidades, com cursos técnicos integrados ao ensino médio
O Distrito Federal está entre as regiões que serão beneficiadas com a implantação de dois novos institutos federais (IFs) de Educação, Ciência e Tecnologia. A medida foi anunciada pelo governo federal nesta terça-feira (12). No total, serão entregues 100 novas unidades em todo o Brasil, sendo que Sobradinho e Sol Nascente foram escolhidos como os locais para receberem essas instituições no DF.
“São institutos importantes para a formação técnica profissionalizante dos nossos alunos. Tenho muita gratidão por eles terem essa possibilidade de caminho, além da universidade”
Hélvia Paranaguá, secretária de Educação
A iniciativa abrangerá todas as unidades da Federação, proporcionando a criação de 140 mil novas vagas, com foco em cursos técnicos integrados ao ensino médio. “São institutos importantes para a formação técnica profissionalizante dos nossos alunos. Tenho muita gratidão por eles terem essa possibilidade de caminho, além da universidade”, comemora a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá.
Essa medida é fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Educação (MEC), a Casa Civil, o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO).
Por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), será feito um investimento significativo de R$ 3,9 bilhões em obras. Desse montante, R$ 2,5 bilhões serão destinados à criação dos novos campi e R$ 1,4 bilhão será voltado para a consolidação das unidades dos IFs já existentes.
Os recursos serão aplicados na construção de estruturas como refeitórios estudantis, ginásios, bibliotecas, salas de aula, além da aquisição de equipamentos. O custo estimado para cada nova unidade é de R$ 25 milhões, dos quais R$ 15 milhões serão destinados à infraestrutura e R$ 10 milhões à aquisição de equipamentos e mobiliário.
A ampliação da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica visa a aumentar a oferta de vagas na Educação Profissional e Tecnológica (EPT), com oportunidades tanto para jovens quanto para adultos, especialmente os mais vulneráveis. Além disso, a construção de novos campi impacta positivamente o setor da construção civil, contribuindo para a geração de emprego e renda. Quando em pleno funcionamento, essas novas escolas promoverão o desenvolvimento local e regional.
“O Instituto Federal proporciona novas experiências, nos preparando para a vida profissional, além de democratizar a educação. Alunos em situações vulneráveis podem ter acesso a professores mestres e doutores antes mesmo de irem à universidade”, comenta Wanessa Santana, aluna do IF Samambaia.
Histórico
O processo de expansão dos institutos federais de Educação, Ciência e Tecnologia teve início em 29 de dezembro de 2008, com a criação de 38 unidades. Desde então, o Brasil registrou um crescimento significativo nesse setor. Entre os anos de 2005 e 2016, foram criados 422 campi, com 214 inaugurados entre 2005 e 2010 e mais 208 entre 2011 e 2016. Nesse mesmo período, outras 92 unidades foram entregues ou incorporadas à rede.
Atualmente, o país conta com 682 unidades e mais de 1,5 milhão de matrículas. Com a inclusão dos 100 novos campi, a rede federal passará a ter 782 unidades, sendo 702 campi de IFs.
*Com informações da SEEDF