domingo, dezembro 15, 2024
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Inaugurado o Centro da Juventude de Samambaia Sul

Unidade tem capacidade para acolher mil jovens de forma direta, cujo atendimento é permanente, e 3 mil indiretos, que são familiares ou usuários esporádicos

Ana Vitória Venceslau, de 16 anos, quer estudar medicina e ingressar na Polícia Militar. Mateus Alves, de 19 anos, se prepara para fazer o curso de engenharia. Em comum na vida dos dois jovens está o ingresso em cursos profissionalizantes no Centro de Juventude de Samambaia Sul, inaugurado na tarde desta segunda-feira (21).

Antes mesmo da abertura oficial, o equipamento já contava com filas de jovens que, da mesma forma que Ana e Mateus, encontraram ali um caminho para realizar os seus sonhos.

Além do Centro da Juventude de Samambaia Sul, já existem outros três, em Samambaia Norte, Estrutural e Ceilândia. Na próxima quinta-feira (24) será inaugurada a unidade do Recanto das Emas. Os centros atendem jovens de 15 a 29 anos e a manutenção de cada um custa R$ 600 mil por ano.

“Esses centros da juventude têm proporcionado aos jovens do DF uma convivência diferenciada, assim como acolhimento, treinamento e capacitação” – Luana Machado, secretária da Juventude

“Esses centros da juventude têm proporcionado aos jovens do Distrito Federal uma convivência diferenciada, assim como acolhimento, treinamento e capacitação. Hoje, mais de dez mil jovens são atendidos nos três centros já existentes”, disse a secretária da Juventude, Luana Machado.

Embora não esteja prevista no momento, a construção de mais um centro da juventude, a secretária Luana Machado disse que a meta é ter unidades em todas as regiões administrativas do DF.

“Estou matriculada nos cursos de informática e design de sobrancelhas. Espero que eles me ajudem a chegar aonde quero, que é passar no concurso da Polícia Militar e cursar medicina”, explicou Ana Vitória.

Também há quem já tenha passado por um centro e o considere fundamental em sua vida, como é o caso de Leonardo Alves Gomes, de 23 anos. Em 2020 ele ingressou no curso de teatro no Centro da Juventude de Ceilândia.

Mateus Alves matriculou-se no curso de barbeiro e na oficina de jiu-jitsu. “Quero estudar engenharia. O curso de barbeiro servirá para que eu possa ter uma fonte de renda até a formatura”

“Graças ao isso eu hoje faço parte do elenco profissional de uma peça de teatro. O centro da juventude teve extrema importância na minha vida”, conta Leonardo, que atualmente também trabalha como assistente administrativo no centro onde estudou. “A importância dessa política pública na vida dos jovens é absurda”, afirma ele.

“Mais do que cursos profissionalizantes, os centros da juventude devem funcionar como centros de convivência, um lugar de acolhimento” – Jeconias Neto, diretor regional da Adra

Mateus Alves matriculou-se no curso de barbeiro e na oficina de jiu-jitsu. “Quero estudar engenharia. O curso de barbeiro servirá para que eu possa ter uma fonte de renda até a formatura”, disse o estudante.

O novo centro, localizado na Quadra 313 de Samambaia Sul, tem capacidade para acolher mil jovens de forma direta, cujo atendimento é permanente, e 3 mil indiretos, que são familiares ou usuários esporádicos. Os jovens cadastrados contam com atendimento de psicólogo e assistente social, além de palestras, bate-papos e espaço para lazer.

Entre os mil jovens cadastrados, 100 podem fazer cursos profissionalizantes nas áreas de empregabilidade e profissões do futuro, economia doméstica, depilação, design de sobrancelhas, cabeleireiro, informática e marketing digital. Também estão disponíveis as oficinas de futsal, jiu-jitsu, ginástica funcional e massoterapia.

O Centro da Juventude de Samambaia Sul será administrado pela Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (Adra), por meio de parceria com o Governo do Distrito Federal (GDF).

O diretor regional da Adra, Jeconias Neto, disse que a entidade ficará responsável pela gestão dos centros de Samambaia Sul e do Recanto das Emas. Uma emenda no valor de R$ 1,2 milhão do deputado Rodrigo Delmasso foi destinada à manutenção dos dois equipamentos.

“Mais do que cursos profissionalizantes, os centros da juventude devem funcionar como centros de convivência, um lugar de acolhimento. Os bate-papos, por exemplo, são muito importantes para os jovens que nos procuram”, avaliou Jeconias.

Fonte: Agência Brasília