Estruturas são montadas em oito dias, o que torna a tecnologia uma alternativa para regiões com demandas de vagas ou escolas que serão reconstruídas ou reformadas; projeto-piloto foi instalado no CEF 2, da Estrutural
A Secretaria de Educação está testando uma nova tecnologia para atender a demanda educacional do Distrito Federal de forma mais célere. Quatro salas modulares, com capacidade para atender até 280 alunos, estão prontas no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 2 da Estrutural. Trata-se de um projeto-piloto que pode ser expandido para outras unidades da rede.
Ao lado das salas modulares, há dois banheiros infantis e dois banheiros adultos. A construção ocupa 255 m² e o valor total estimado dos componentes gira em torno de R$ 1,6 milhão. Contudo, os espaços foram cedidos a título experimental, sem custo algum para o GDF. Cada sala comporta 35 estudantes, atendendo até 280 alunos no total, se a unidade funcionar nos turnos matutino e vespertino.
“Vários estados já implantaram essas salas e nós estamos fazendo uma primeira experiência com elas aqui. A gente precisa ter essas soluções para auxiliar a secretaria na oferta de espaço em escolas”Hélvia Paranaguá, secretária de Educação
A grande vantagem dessa tecnologia, chamada de Ambientes de Rápida Implantação (Metodologia ARI), é a rapidez na construção. A fabricação e a instalação dos módulos foram feitas em apenas oito dias corridos.
Isso faz com que o modelo seja uma solução para regiões que tenham demandas de vagas iminentes ou para escolas que serão reconstruídas ou reformadas, fugindo assim dos aluguéis de espaços e do transporte de alunos, gerando economia aos cofres públicos.
Outra vantagem é o fator da transitoriedade do ambiente, que pode ser movido e instalado em novo local sempre que necessário, de forma rápida e com baixo custo.
A secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, já visitou salas modulares em outros estados e acredita que a solução pode ser muito útil para o DF. “Vários estados já implantaram essas salas e nós estamos fazendo uma primeira experiência com elas aqui. A gente precisa ter essas soluções para auxiliar a secretaria na oferta de espaço em escolas”, ressalta.
As salas estão prontas para receber alunos de escolas classes e centros de ensino fundamental, mas ainda não há definição de quais estudantes vão frequentar o local. O CEF 2 da Estrutural, onde os módulos estão instalados de forma experimental, foi escolhido para receber o projeto-piloto porque oferecia espaço adequado para a construção.
Segundo o subsecretário de Infraestrutura Escolar, Leonardo Balduíno, cada sala de aula possui três aparelhos de ar-condicionado de 12.000 BTUs e não tem elementos que propaguem chamas. “As construções com a metodologia ARI tem conforto térmico, acústico e total proteção contra raios ultravioletas”, diz.
“As salas são compostas de estrutura metálica, placas de fibra de vidro duplas, do tipo sanduíche, telhas metálicas, revestidas por espuma de poliuretano, piso com compensado naval. As esquadrias são de alumínio com vidro temperado e as portas são do mesmo material das paredes”, descreve.
Além disso, os banheiros são acessíveis a pessoas com deficiência e há chuveiros elétricos para banhos de crianças menores.
*Com informações da Secretaria de Educação