Condomínio com 140 hectares será todo estruturado com saneamento, rede de drenagem, de água e pavimentação para atender até 1,5 mil famílias em situação de vulnerabilidade
O governador Ibaneis Rocha assinou nesta quinta-feira (5) a ordem de serviço para o início das obras de infraestrutura de um novo setor habitacional do Recanto das Emas: o Residencial Tamanduá. Serão disponibilizados 1,5 mil lotes para famílias em situação de vulnerabilidade.
O terreno de 14 hectares – o equivalente a 1,4 milhão de m² – receberá do Governo do Distrito Federal (GDF) saneamento, rede de drenagem, água, luz, pavimentação, estacionamentos, ciclovias, sinalização viária, calçadas, meios-fios e gramado.
De acordo com o governador, a autorização para o início da obra de estruturação do novo bairro é o começo do fim de um pesadelo. “E a esperança por meio de um sonho realizado. O que nós queremos é exatamente isso: trazer regularidade para que vocês criem seus filhos dentro de uma área com infraestrutura adequada”, disse.
“Serão R$ 12,9 milhões em obras de infraestrutura que levaremos nesta primeira etapa, com previsão de dez meses de duração”, Izidio Santos, presidente da Terracap
Nesta primeira etapa de estruturação do conjunto habitacional, a Terracap ficará responsável pela urbanização de duas quadras – a 7 e a 8 – com 9,54 hectares e lotes de aproximadamente 150 m². Esses espaços abrigarão cerca de 200 famílias que atualmente vivem na Quadra 406 do Recanto das Emas – popularmente chamada de Favelinha – e no Bananal.
“É um grupo de assentados que foi enganado no governo passado com um documento totalmente falso e que agora estamos trazendo para que ocupem uma área urbanizada”, explica Ibaneis Rocha. Confira o vídeo:
“Serão R$ 12,9 milhões em obras de infraestrutura que levaremos nesta primeira etapa, com previsão de dez meses de duração”, adianta o presidente da Terracap, Izidio Santos.
O plano de ocupação está sendo preparado pela Companhia de Desenvolvimento Habitacional (Codhab). Os terrenos serão cedidos com a infraestrutura e a construção das moradias ficará a cargo dos proprietários.
“Um projeto moderno de ocupação e urbanização requer pensar na entrega de áreas comerciais, que geram empregos, e equipamentos públicos para atender quem mora perto. E isso está sendo planejado”, explica o diretor imobiliário da Codhab, Marcus Palomo.
A espera pela ocupação de um espaço regular dura mais de 20 anos. Em 2008, as famílias receberam um documento de remoção, que acabou revogado na gestão passada. Maria de Fátima Borges, a Bia, 51 anos, é moradora da 406 e se emociona ao contar que, finalmente, a realidade de moradia dela e de dezenas de outras famílias que hoje vivem irregularmente está prestes a ser mudada.
“As condições de vida hoje são precárias, sem saneamento nem endereço. Será mais digno poder chegar a uma loja para fazer uma compra e poder dizer ‘sim, eu tenho um endereço’”, resume ela.
Fonte: Agência Brasília