O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender nesta sexta-feira, 25, que seu governo não cometeu erros na condução do combate à covid-19. O presidente disse não ter errado em nada do que disse sobre o surto da doença no País que já matou mais de meio milhão de brasileiros. Bolsonaro, repetidas vezes, defendeu tratamentos sem comprovação científica, questionou o uso de máscaras, desrespeitou medidas de contenção da doença e, hoje, foi multado pela segunda vez em São Paulo por infringir regras sanitárias.
Durante discurso a empresários em Chapecó (SC), o presidente disse que seu governo teve “a coragem de propor alternativas” que não vieram da sua cabeça, “do nada”. “Hoje nós já sabemos alguma coisa sobre o vírus, mas, com todo respeito, não errei nenhuma do que eu falei no passado. Nenhuma. Talvez eu tenha sido o único chefe de Estado que foi nessa linha no mundo todo. Com todo respeito, tem que ter coragem ou ser maluco para agir dessa maneira. O único certo”, completou Bolsonaro.
Na sua fala, Bolsonaro reforçou críticas à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, que investiga ações e omissões no combate à pandemia, ao presidente e ao relator do colegiado, senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL). O presidente citou investigações e processos contra ambos os parlamentares. “Renan Calheiros virou o pai da moralidade com 17 inquéritos no Supremo. Omar Aziz é outro: com a esposa e família toda presa, virou paladino da ética”, completou Bolsonaro.
Segundo Bolsonaro, o chefe do Executivo está sendo “massacrado” na CPI só “na cabeça deles”. “Eles podiam seguir o exemplo nosso: não roubar”, argumentou o presidente, que voltou a defender que no seu governo não há corrupção.
Fonte: Notícias ao minuto