Hospital de campanha montado pela Aeronáutica integrará complexo de atendimento da doença junto com o Hospital Cidade do Sol e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade
O Governo do Distrito Federal (GDF) e a Aeronáutica definiram, nesta sexta-feira (2), a logística para a instalação do Hospital de Campanha (HCamp) ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Ceilândia e do Hospital Cidade do Sol, na Área Especial D, Via P1 Norte. Juntas, as três estruturas vão reunir cerca de 150 leitos, para tratamento e internação de pacientes.
O HCamp será destinado apenas a casos de dengue. O Hospital Cidade do Sol receberá servidores da Secretaria de Saúde para poder atingir a sua capacidade de 60 leitos de internação. A UPA, por sua vez, segue recebendo pacientes graves, para tratamento e internação.
“A dengue tem estrangulado ainda mais a saúde pública. Esse local aqui foi estrategicamente escolhido porque 40% dos casos de dengue estão referenciados em Ceilândia e Sol Nascente/Pôr do Sol. Esse hospital da Aeronáutica vai cuidar e tratar exclusivamente dos casos de dengue”, pontuou a vice-governadora Celina Leão durante visita ao local.
A estrutura temporária da Aeronáutica vai funcionar durante 45 dias, 24 horas por dia, e todo o corpo de funcionários, inclusive os médicos, será cedido pela corporação do governo federal. A expectativa é que a montagem comece nos próximos dias. O atendimento será de porta aberta, ou seja, a população pode buscar atendimento no local, diferentemente do Hospital Cidade do Sol que necessita de regulação e encaminhamento dos pacientes.
“É um hospital construído em módulos. Serão oito módulos, sendo sete assistenciais e um de laboratório. Nós teremos aqui a força de trabalho do RH da Aeronáutica, todo o corpo de médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e os profissionais que virão junto com o hospital. O local onde nós temos o maior número de casos registrados e uma população de quase 900 mil habitantes. Então, nós precisamos entender que esse momento precisa de um olhar especial”, detalhou a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio.
O complexo no P Norte também contará com o apoio da UPA Ceilândia II, no Setor O, e do Hospital Regional de Ceilândia no encaminhamento de pacientes de acordo com a demanda, uma vez que o Hospital Cidade do Sol e a UPA continuarão recebendo pacientes de outras enfermidades.
A medida é mais uma parceria do GDF com o Ministério da Defesa, que também cedeu nos últimos dias 247 militares para reforçar as ações do governo. Os militares estão nas ruas, nas vistorias às casas, como motoristas de fumacê e atuando nas ambulâncias, e cederam camas de campanha.
“A ideia é montar oito unidades de saúde. O atendimento vai ser clínico e pediátrico na situação de dengue. Vamos dar o primeiro atendimento, fazer a parte de hidratação rápida, que seriam os casos menos graves e aqueles que precisam de uma hidratação um pouco mais prolongada, de 24 a 48 horas. Precisou de uma internação mais séria, eles seguem para a retaguarda aqui do hospital, da UPA ou uma regulação para um hospital de maior capacidade”, acrescentou o brigadeiro Mauricio Braga, subdiretor de Saúde da Aeronáutica.
Multa por descarte de lixo
Durante a agenda, a vice-governadora Celina Leão também anunciou que as administrações regionais vão auxiliar a Secretaria DF Legal na questão das multas por descarte irregular de resíduos nas ruas. Elas estão autorizadas a registrar o descarte irregular de lixo pela população e enviar à DF Legal para que a infração seja aplicada.
“Seguimos nossa guerra contra o descarte ilegal de lixo. Os administradores vão poder filmar, encaminhar para o DF Legal e eles vão fazer aquela multa de forma virtual e administrativa. Hoje a prerrogativa exclusiva de quem pode multar é somente do DF Legal e continuará sendo. O que muda com a portaria? Muda a forma da aplicação da multa. Antes, o fiscal teria de ir lá para configurar o descarte regular para fazer a multa. Agora, o próprio administrador, porque ele tem fé pública, pode gravar a ação e encaminhar ao DF Legal para multar”, acrescentou Celina Leão.
Fonte: Agência Brasília