Os robôs devem assumir cada vez mais o protagonismo nas guerras. O indício mais recente disso é o enorme investimento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para a criação de um exército de veículos terrestres não tripulados.
Robôs podem atuar em diferentes frentes de batalha
- A aliança militar liberou 9 milhões de euros (mais de R$ 50 milhões) para a ARX Robotics.
- O acordo prevê que a empresa, fundada por ex-soldados do exército alemão, desenvolva e forneça robôs da linha GEROEN.
- Os veículos autônomos têm quatro tamanhos diferentes e são capazes de atender diversas necessidades no campo de batalha.
- Eles podem transportar até 500 kg e ajudar na logística e transporte de armamentos e outros materiais.
- Além disso, são fortemente blindados e já participaram de testes realizados por vários exércitos em toda a Europa, incluindo os da Suíça, Alemanha, Áustria, Hungria e Ucrânia.
- Não foram divulgadas informações de quando os novos robôs encomendados pela Otan estarão prontos para atuação.
![](https://img.odcdn.com.br/wp-content/uploads/2024/06/otan.jpg)
Investimentos no setor de defesa
Os recursos foram liberados pelo Fundo de Inovação da Otan. Ele conta com o apoio de 24 dos 32 membros da aliança ocidental e tem como objetivo investir em startups de ciência e engenharia de ponta para fortalecer a defesa, a segurança e a resiliência do grupo de países.
Recentemente, o fundo anunciou um financiamento no valor de US$ 22,5 milhões (mais de R$ 120 milhões) para uma empresa britânica especializada na criação de materiais compostos leves, mas resistentes, que podem ser usados para o desenvolvimento de novas aeronaves, bem como de veículos terrestres.
Estas iniciativas fazem parte dos esforços do organismo militar para fortalecer sua capacidade de defesa em meio à guerra na Ucrânia e os riscos de invasões por parte da Rússia de países membros do bloco.
A Otan também busca diminuir a dependência em relação aos Estados Unidos. O ex-presidente e candidato à Casa Branca nas eleições deste ano, Donald Trump, tem feito críticas constantes à aliança militar, gerando inclusive dúvidas de que os norte-americanos continuem sendo os grandes financiadores do organismo de defesa.