quinta-feira, julho 4, 2024
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Contas falsas espalham propaganda pró-Israel, diz Meta

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A Meta descobriu que uma agência de marketing israelense usava contas falsas no Facebook para conduzir campanha pró-Israel. O esquema mirava pessoas nos EUA e no Canadá com postagens sobre a guerra entre Israel e Hamas, segundo o relatório mais recente da Meta sobre comportamento coordenado inautêntico.

Contas falsas elogiavam ações militares de Israel contra o Hamas

  • A Meta descobriu que uma agência de marketing israelense utilizava contas falsas no Facebook para conduzir uma campanha pró-Israel, focada principalmente em pessoas nos EUA e no Canadá, com postagens sobre a guerra entre Israel e Hamas;
  • Os pesquisadores da Meta relataram que a campanha estava ligada à STOIC, empresa de marketing político e inteligência sobre negócios baseada em Israel. A empresa também atuava no X (antigo Twitter) e no YouTube, administrando sites focados na guerra Israel-Hamas e na política do Oriente Médio;
  • Foram descobertas 510 contas no Facebook, 11 páginas, 32 contas no Instagram e um grupo ligados ao esquema. As contas se passavam por estudantes judeus, afro-americanos e “cidadãos preocupados”, compartilhando conteúdo pró-Israel, críticas à ONU, comentários islamofóbicos e elogios às ações militares de Israel;
  • A campanha foi detectada antes de atingir uma grande audiência, com muitas contas falsas desativadas automaticamente. As contas alcançaram cerca de 500 seguidores no Facebook e dois mil no Instagram. O uso de ferramentas de IA generativa para escrever comentários foi identificado, mas muitos desses comentários foram criticados por usuários autênticos.

Os pesquisadores da Meta informaram que a campanha estava ligada à STOIC, “empresa de marketing político e inteligência sobre negócios” com base em Israel. Mas não especularam sobre os motivos por trás do esquema. A STOIC, também ativa no X (antigo Twitter) e no YouTube, administrava sites “focados na guerra Israel-Hamas e na política do Oriente Médio”.

A campanha pró-Israel usou mais de 500 contas falsas no Facebook, segundo a Meta (Imagem: Tomas Ragina/Shutterstock)

Ao todo, os pesquisadores da Meta descobriram 510 contas no Facebook, 11 páginas, 32 contas no Instagram e um grupo ligados ao esquema da agência de marketing israelense, incluindo contas falsas e previamente hackeadas.

As contas se passavam por “estudantes judeus, afro-americanos e cidadãos ‘preocupados’” e compartilhavam postagens que elogiavam as ações militares de Israel e criticavam a Agência de Obras e Socorro das Nações Unidas (UNRWA) e os protestos universitários.

Além disso, eles postavam comentários islamofóbicos no Canadá. Eles diziam, por exemplo, que “o Islã radical representa uma ameaça aos valores liberais no Canadá”.

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Segundo a Meta, a campanha pró-Israel foi descoberta antes que pudesse formar uma grande audiência (Imagem: David Esser/Shutterstock)

Segundo a Meta, a campanha foi descoberta antes que pudesse formar uma grande audiência. E muitas das contas falsas foram desativadas pelos sistemas automatizados da empresa. As contas alcançaram cerca de 500 seguidores no Facebook e cerca de dois mil no Instagram.

O relatório da Meta também observa que as pessoas por trás das contas pareciam usar ferramentas de IA generativa para escrever muitos de seus comentários nas páginas de políticos, veículos de comunicação e outras figuras públicas.

“Esses comentários geralmente estavam vinculados aos sites das operações, mas muitas vezes eram recebidos com respostas críticas de usuários autênticos, chamando-os de propaganda”, disse David Agranovich, diretor de políticas para interrupção de ameaças da Meta, durante coletiva de imprensa.



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