Ibaneis Rocha assinou ordem de serviço para iniciar análise de viabilidade técnica, econômica e ambiental da Linha 2, que ligará a região Sul à área central da capital
O governador Ibaneis Rocha assinou, nesta sexta-feira (19), a ordem de serviço para a elaboração dos estudos para implementar a nova linha do Metrô-DF, que vai ligar a região Sul (Gama, Santa Maria, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Cruzeiro) do Distrito Federal à área central da capital. A autorização refere-se à contratação de serviços especializados para a elaboração dos estudos preliminares funcional e de viabilidade técnica, econômica e ambiental para implementar a Linha 2.
Segundo o governador Ibaneis Rocha, o novo trecho do Metrô integra o planejamento do futuro da mobilidade do Distrito Federal. “A gente governa para o futuro. Os passageiros de Santa Maria e do Gama têm uma carência muito grande de transporte, principalmente porque é de onde vêm as pessoas do Entorno. Com a implementação dessa nova linha, ajudamos também quem mora nos municípios vizinhos. A gente sabe que isso demora, não é uma coisa para um governo só, mas estamos projetando para depois irmos atrás dos recursos para executar as obras estruturantes”, afirmou o governador.
A vice-governadora Celina Leão completa: “Com a assinatura da ordem de serviço, estamos garantindo a continuidade da expansão para oito regiões do DF. Estamos construindo o futuro da mobilidade do Distrito Federal, com um transporte público cada vez mais eficiente”.
O projeto é uma via de aproximadamente 50 km para ligar Gama, Santa Maria, Riacho Fundo, Recanto das Emas, Núcleo Bandeirante, Candangolândia e Cruzeiro à Rodoviária do Plano Piloto e à Esplanada dos Ministérios. “Essa é a primeira etapa para implementar a nova linha. Feito isso, tendo viabilidade, a gente passa para a segunda fase, que é fazer a contratação da modelagem econômica e de um anteprojeto de engenharia para a gente entender como seria essa obra, os custos e de que maneira faríamos o financiamento para a execução no futuro“, detalhou o presidente do Metrô-DF, Handerson Cabral.
Expansão
O governador Ibaneis Rocha também visitou, nesta sexta-feira (19), as obras de expansão da Linha 1 do Metrô-DF no ramal de Samambaia. O projeto é de responsabilidade do consórcio CG–JFJ, vencedor da licitação, e atualmente as equipes trabalham em diferentes frentes, tanto nas estações 35 e 36, quanto nas escavações do eixo da nova linha.
Com aproximadamente dois mil empregos gerados, as equipes trabalham de segunda a sábado na implementação da fundação das estações 35 e 36 e do viaduto que cortará a Avenida Sul de Samambaia. Simultaneamente, outra frente de trabalho dá continuidade às escavações e terraplanagem dos 3,6 km adicionais de via.
Durante a visita, Ibaneis Rocha destacou a relevância da obra não só para a mobilidade da região como para o crescimento econômico do Distrito Federal: “No mundo todo, a obra que mais traz relevância é do metrô, e Brasília não tinha uma expansão há muitos anos. Sem contar que, por onde passa a linha, vem mais desenvolvimento. Temos comércio e empresas que se instalam pela facilidade do transporte. E a ideia é que possamos expandir também o de Ceilândia. Após a análise do Tribunal de Contas do DF, lançaremos a licitação para isso”.
Estações 35 e 36
Quando entregues, os dois novos pontos devem beneficiar cerca de 15 mil pessoas que utilizam o transporte todos os dias, com impacto positivo no desenvolvimento e na mobilidade da população do Distrito Federal.
15 mil. Número de pessoas que devem ser beneficiadas com expansão do metrô em Samambaia
A obra prevê 3,6 km adicionais de via, que se estenderão da Estação Terminal Samambaia até o subcentro oeste do bairro, próximo à 1ª Avenida Sul, e farão a ligação entre Samambaia Norte à Samambaia Sul. No trajeto, serão erguidas duas novas estações, cada uma com 7 mil m² de área construída. A Estação 35 ficará perto da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e a Estação 36, nas proximidades do Centro Olímpico, será o ponto final do ramal.
“A expansão da Linha 1 do metrô em Samambaia é uma resposta efetiva à demanda da nossa população por mais mobilidade. As duas novas estações, a poucos metros da UPA e do Centro Olímpico, foram pensadas para atender as necessidades diárias dos moradores. Mas o nosso planejamento vai além”, defendeu a vice-governadora Celina Leão.
Handerson Cabral afirma que as novas estações estão sendo erguidas com o que há de mais moderno em arquitetura e engenharia, com recursos de acessibilidade e aproveitamento hídrico. Além disso, as obras incluem viadutos ao longo do eixo viário da região projetados para reduzir custos, acelerar a execução e minimizar os impactos no trânsito. “Essa é mais uma entrega que reforça o compromisso do GDF com a responsabilidade social, nos colocando de fato em primeiro lugar nessa pesquisa. A comunidade aqui de Samambaia que ainda não tinha acesso passará a ter o metrô como um meio de transporte principal”, destacou.
O projeto contempla três viadutos com passagens para pedestres e quatro passarelas aéreas em áreas de grande circulação. Atualmente, cerca de 300 a 350 trabalhadores atuam diretamente no canteiro, e o empreendimento, nessa fase das obras, gera aproximadamente 1.800 empregos diretos e indiretos, número que deve aumentar com o avanço das escavações e das próximas etapas.
Histórico
A ordem de serviço para a expansão do metrô em Samambaia foi assinada em 19 de fevereiro pela vice-governadora Celina Leão. Nos últimos anos, o GDF entregou três estações: 106 Sul, 110 Sul e Estrada Parque (EPQ).A expansão faz parte do Projeto de Expansão do Sistema Metroviário de Brasília, previsto em lei desde 2011. Em Samambaia, as obras abrangem projetos executivos, escavações, drenagem, pavimentação, construção de estações e a implantação de sistemas de energia, telecomunicações e mecânica.
O investimento estimado é de R$ 348,9 milhões, o prazo de execução varia de dois anos e meio a quatro anos, com recursos do GDF e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Atualmente, o Metrô-DF conta com 42,3 km de extensão, conectando Brasília a Ceilândia e Samambaia. Em dias úteis, transporta entre 160 mil e 180 mil usuários. O traçado em formato de “Y” inclui o eixo principal até Águas Claras (19,1 km), o ramal até Ceilândia Norte (14,3 km) e o trecho até Samambaia (8,8 km).
Fonte: Agência Brasília