domingo, junho 30, 2024
Portal Brasil > Tecnologia > Hackers usam vírus para controlar (e sequestrar) celulares Android

Hackers usam vírus para controlar (e sequestrar) celulares Android

Hackers usam vírus para controlar (e sequestrar) celulares Android

O Rafel RAT é um malware por meio do qual hackers podem controlar o aparelho infectado. Segundo a Check Point Research (CPR), que publicou um relatório sobre o programa malicioso (“vírus”, no popular), o malware afeta celulares Android, infectando-os por meio de campanhas de phishing.

Empresa alerta para vírus que infecta celulares Android por meio de campanhas de phishing

  • O Rafel RAT é um malware que permite aos hackers controlar remotamente aparelhos Android infectados, alerta relatório da Check Point Research (CPR). Ele se espalha principalmente através de campanhas de phishing;
  • O malware infecta principalmente aparelhos com versões bem antigas do Android (aquelas que não tem mais atualização de segurança). Esses representam quase 90% dos casos analisados. Versões mais recentes do Android também podem ser infectadas, mas com mais dificuldade;
  • O Rafel RAT funciona como um “canivete suíço” para hackers, permitindo roubo de dados, bloqueio de dispositivos e criptografia de arquivos. Ele também pode atuar como ransomware, sequestrando dados e exigindo resgate;
  • O malware se espalha através de aplicativos falsos baixados a partir de links de phishing. O relatório identificou campanhas que clonam sites e apps conhecidos, como Instagram, WhatsApp e Mercado Pago. A maioria dos casos de infecção ocorreu na China, Indonésia e Estados Unidos, sem vítimas identificadas no Brasil.

O vírus infecta principalmente aparelhos com versões antigas do Android – aquelas tão antigas que nem contam mais com atualizações de segurança. Esses representaram quase 90% dos casos analisados pelo relatório. Mas o malware também consegue entrar em versões mais recentes do sistema operacional do Google, só que com mais dificuldade.

Ainda segundo o relatório da CPR, o Rafel RAT não tem favoritismo no nicho Android. Isso porque o vírus entra em celulares de diversas marcas, como LG, Motorola, Samsung e Xiaomi. Dessas, a Samsung foi a que mais teve aparelhos infectados.

Rafel RAT oferece ‘canivete suíço’ para hackers fazerem estrago

Ilustração do vírus Rafel RAT misturando celular com placa cibernética
Rafel RAT oferece recursos para hackers dominarem celulares Android infectados (Imagem: Check Point Research)

No Rafel RAT, os hackers encontram uma espécie de canivete suíço para ajudá-los a operar os aparelhos infectados de maneira remota, por meio de um painel. E ele também desempenha a função de ransomware para sequestrar dados das vítimas.

O vírus entra no celular após a vítima baixar um aplicativo malicioso. Neste programa, arquivos serão executados para o hacker “possuir” o aparelho. Quando a vítima abre o app pela primeira vez, ele pede diversas permissões – entre elas, a de acesso de administrador. Depois, vem o estrago.

Com essas permissões, o Rafel RAT consegue roubar dados (arquivos e mensagens, por exemplo), sem a vítima perceber. Ele também pode bloquear o aparelho e criptografar arquivos. O malware ainda oferece recurso para a vítima contatar o hacker para resgatar o acesso ao seu aparelho e dados.

Vírus para Android se esconde em sites e aplicativos espalhados por campanhas de phishing

Golpes usando malware Rafel RAT começa em campanhas de phishing (Imagem: JLStock/Shutterstock)

Tudo começa com campanhas de phishing, que espalham mensagens e links de sites se passando por empresas e instituições. Geralmente, as mensagens (seja SMS, no WhatsApp, e-mail) envolvem urgência e/ou vantagens que parecem irresistíveis.

O relatório da CPR mostra, por exemplo, uma campanha na qual cibercriminosos clonaram o site do Mercado Pago para espalhar um app falso e malicioso da fintech. Além disso, o relatório aponta que o Rafel RAT clona aplicativos bem conhecidos, como Instagram e WhatsApp.

Apesar de ter identificado a campanha de phishing usando o nome do Mercado Pago, numa mensagem em português, o relatório não aponta vítimas do malware no Brasil. A maioria dos casos ocorreram na China, Indonésia e Estados Unidos.



Fonte