Benefício é concedido de forma gratuita nas 18 unidades espalhadas pela capital no café da manhã, almoço e jantar; acesso desse público à alimentação chega a uma média de 73 mil refeições mensais
De janeiro a outubro deste ano, a população em situação de rua do Distrito Federal recebeu, gratuitamente, 876.583 refeições nos 18 restaurantes comunitários do Distrito Federal. Em média, foram servidas 73 mil refeições por mês, sendo 2.401 refeições diárias, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes-DF). A média diária de refeições para toda a população é de 50 mil.
Desde 2020, a alimentação sem custo nas unidades é um direito desse público. Acompanhadas pelas equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), as pessoas em situação de rua já tinham acesso ao almoço. Neste ano, o Decreto Nº 45.715 ampliou a oferta para três refeições diárias: café da manhã, almoço e jantar. Ou seja, a população de rua pode ter acesso a qualquer uma das refeições disponíveis nos restaurantes comunitários que ele frequenta, de graça.
“Esta foi uma decisão importante do governador Ibaneis Rocha – e que faz parte do Plano do GDF para a População de Rua – de garantir o mínimo a essas pessoas, que é o acesso à alimentação. A questão da população de rua é complexa e um desafio enfrentado hoje em todo o mundo. Com a gratuidade das refeições, a Sedes dá mais um passo rumo à autonomia dessas pessoas, para possibilitar o processo de saída delas das ruas”, destacou a secretária substituta de Desenvolvimento Social, Jackeline Canhedo.
O almoço foi a refeição mais procurada nas unidades, com 630.389 refeições servidas até outubro, seguido pelo café da manhã, com 152.184, e o jantar, com 94.010. O restaurante comunitário que mais serviu a população de rua foi o de Planaltina, com 173.801 refeições. Depois, o de Ceilândia, com 144.116, e o de Arniqueira, com 114.722.
“A oferta de refeições gratuitas para a população em situação de rua, hoje, é um política consolidada no DF. A medida foi lançada, em 2020, em meio à pandemia, para dar um suporte a esse público que vive em extrema vulnerabilidade. Com o passar do tempo e a sensibilização das equipes de abordagem, houve um crescimento expressivo na procura. Eles, agora, sabem que têm esse direito e vão até os restaurantes fazer as refeições”, explica a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional, Vanderleia Cremonini. “Lembrando que, para fazer as refeições, eles têm que ser acompanhados pelas equipes de abordagem social. Mas, é claro, que se chegar ao equipamento e não tiver esse registro, ele não fica sem a refeição. Os servidores anotam os dados do usuário para que esse acompanhamento seja realizado posteriormente.”
*Com informações da Secretaria de Desenvolvimento Social