segunda-feira, dezembro 23, 2024
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Programa RenovaDF garante 12 espaços públicos reformados no Itapoã

A presença do RENOVADF no Itapoã fez tanto sucesso que os trabalhos serão prorrogados até a próxima semana

Quem passa pelos parques, quadras e pontos de encontro comunitário (PECs) localizados nas quadras às margens da DF-001 e DF-250 e nos bairros Del Lago e Mandala, do Itapoã, percebe a mudança. Desde 17 de novembro, 250 aprendizes do programa RENOVADF trabalham na reforma de 12 equipamentos públicos da região administrativa. Os serviços envolvem pintura, serralheria, limpeza, jardinagem, capina, recuperação de calçadas e manutenção.

Duzentos e cinquenta aprendizes do RENOVADF trabalham em 12 equipamentos públicos dos bairros Mandala e Del Lago, do Itapoã | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

“Escolhi equipamentos no lugar mais vulnerável, na Mandala, e nas DFs porque a comunidade vê os trabalhos e incentiva a preservação”, explica o administrador do Itapoã, Marcus Cotrim. “A cidade não tem opção de lazer, então esses equipamentos servem para a população desopilar, por isso demos preferência a eles”, completa. A reforma dos espaços beneficia a comunidade do Itapoã, que conta com mais de 68 mil habitantes.

“Você passava nos parques e não estavam ocupados. Hoje, até com chuva, as pessoas estão lá. Outro ponto que acho fantástico do RENOVADF é a presença de moradores entre os aprendizes”, diz Marcus Cotrim, administrador do Itapoã

Na quadra 318, no bairro Mandala, o campo desportivo era uma demanda antiga. O espaço contou com pintura, reforma do alambrado e criação de calçadas. A venezuelana Nasusi Otalora, 44 anos, é uma das profissionais do RENOVADF que participou da reforma.

Há quatro meses no Brasil, Nasusi Otaloraela trouxe a experiência do país de origem unida aos aprendizados do programa. “Na Venezuela, eu já tinha trabalhado na área, mas para ter oportunidades no Brasil, eu precisava dessa qualificação. Aqui aprendemos a fazer pintura, a soldar. Acredito que essa experiência vai me ajudar”, avalia. Nasusi é responsável pelo sustento da família que mora em São Sebastião. Ela tem duas filhas.

Ricardo Castro, 18 anos, é morador do Itapoã e integra o ciclo que está trabalhando na recuperação dos equipamentos da região | Foto: Renato Araújo/Agência Brasília

Resultado

A presença do RENOVADF no Itapoã fez tanto sucesso que os trabalhos serão prorrogados até a próxima semana. “Tudo é bom. Eles trabalham com agilidade e resolvem questões que a comunidade vem pedindo antes do nosso governo. Deveria se tornar uma política de Estado”, avalia o administrador do Itapoã.

Marcus Cotrim ainda destaca o resultado com a comunidade. “Você passava pelos parques e  via que eles não estavam ocupados. Hoje, até com chuva, as pessoas estão lá. Outro ponto que acho fantástico do RENOVADF, é a presença de moradores entre os aprendizes”, completa.

“Tudo tem sido um aprendizado. Eu nunca havia pegado num pincel. Acredito que o mais difícil é conseguirmos fazer a população se conscientizar e manter os espaços conservados após a nossa passagem”, Geovana de Oliveira, 52, desempregada

É o caso do jovem Ricardo Castro, de 18 anos, morador do Itapoã, ele integra o ciclo que está trabalhando na recuperação dos equipamentos da região. Antes do programa Ricardo tinha experiência como menor aprendiz por ter trabalhado em um hospital e em obras. A intenção é continuar na área após o fim do programa.

“Eu quero me capacitar para ser eletricista”, conta. A inspiração é a monitora do RENOVADF.

O programa tem sido um recomeço para Geovana de Oliveira, 52 anos. Desempregada, ela viu como uma oportunidade de reinserção no mercado de trabalho. “Tudo tem sido um aprendizado. Eu nunca havia pegado num pincel. Acredito que o mais difícil é conseguirmos fazer a população se conscientizar em manter os espaços conservados após a nossa passagem”, classifica.

Programa

O programa de inclusão social e qualificação profissional é uma iniciativa da Secretaria de Trabalho, com apoio de outros órgãos do GDF.

Os alunos do programa recebem qualificação e colocam a mão na massa em ciclos de 3 meses. Cada um deles recebe um auxílio equivalente a um salário mínimo mensal (R$ 1.100), além de ter direito a alimentação e transporte. A carga horário de trabalho é quatro horas diárias.

“Após o final do programa eles têm a oportunidade de entrar no quadro do Senai. Temos casos de aprendizes que viraram monitores. Nossos alunos também têm preferências nos nossos cursos”, afirma Wendell Pereira, coordenador do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial do Distrito Federal (Senai-DF), que é responsável pela qualificação.

Portal Brasil/*Com informações da Agência Brasília