Unidades mais demandadas nesse período foram as de Samambaia, Ceilândia, Riacho Fundo II e Brazlândia
Os 14 restaurantes comunitários do Distrito Federal serviram 1.399.616 refeições somente nos dois primeiros meses de 2022. Isso equivale a quase 20% do total servido no ano passado – 7.973.474 – nesses espaços para as famílias em vulnerabilidade social.
Segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), responsável pela gestão das unidades, desse total, foram ofertados 1.279.314 almoços neste ano. Os restaurantes mais demandados nesse período foram os de Samambaia, Ceilândia, Riacho Fundo II e Brazlândia.
Em janeiro e fevereiro, foram servidas 90.498 refeições de café da manhã nas unidades de Brazlândia, Itapoã, Samambaia, Ceilândia, Estrutural, Sobradinho, Sol Nascente e Paranoá. A partir de 5 de abril, o Restaurante Comunitário de Planaltina reabre e passará também a servir o desjejum.
De segunda a sexta-feira, o almoço nos restaurantes comunitários custa R$ 1, incluindo um suco e uma sobremesa; o café da manhã é servido em oito unidades a R$ 0,50, sempre das 7h às 8h30
“Hoje, o DF tem a maior rede de proteção do país. E proteção não é somente concessão de benefícios sociais; é garantir segurança alimentar e nutricional das famílias em risco social, dar dignidade e autonomia a elas, para que elas possam fazer as suas compras, escolher os produtos de que os filhos gostam, fazer suas refeições com dignidade e a um preço justo, como é hoje nos restaurantes comunitários”, destaca a secretária de Desenvolvimento Social, Mayara Noronha Rocha.
Frequentadora assídua do Restaurante Comunitário de Sobradinho II, Carmem (nome fictício_ faz todas as refeições na unidade. “Esse restaurante comunitário, para mim, é excelente. A comida é balanceada, eu tomo café e almoço todos os dias. Quando não venho, sinto muita falta”, conta. “Antes de fazer minha caminhada, passo aqui e tomo meu café. Depois, vou para casa e volto para almoçar”.
Os restaurantes comunitários têm o objetivo de comercializar refeições adequadas e saudáveis a preços acessíveis. As unidades foram instaladas em regiões com grande movimentação diária de pessoas de baixa renda. O almoço é vendido, de segunda-feira a sábado, a R$ 1, valor que inclui um suco e uma sobremesa.
“Eu almoço com meus filhos todos os dias aqui no restaurante do Paranoá quando voltamos da escola. A feijoada da sexta-feira é sagrada, os meninos ficam esperando”, conta Joane (nome fictício), moradora do Paranoá.
Já o café da manhã é servido em oito restaurantes comunitários a R$ 0,50, sempre das 7h às 8h30.
População em situação de rua
Desde junho de 2020, por meio do Decreto nº 40.854, a população em situação de rua acompanhada pelas equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas) pode fazer as refeições gratuitamente nos 14 restaurantes comunitários.
Do total de 1.399.616 refeições servidas em janeiro e fevereiro, 29.804 foram oferecidas gratuitamente para esse segmento da população.
“Começamos a ofertar as refeições de graça para esse público nos restaurantes comunitários durante a pandemia da covid-19 como mais uma forma de proteção para as pessoas em situação de rua. Hoje, eles sabem do serviço e procuram espontaneamente as unidades. Mas vale lembrar que, para fazer as refeições, a pessoa em situação de rua tem que ser cadastrada previamente pela abordagem social”, reitera Mayara Rocha.
*Com informações da Sedes