domingo, dezembro 15, 2024
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Rodrigo Pacheco prega o diálogo, e destaca os projetos aprovados pelo Senado que impactam no setor produtivo

A Reforma da Previdência, o marco legal do saneamento básico, além da autonomia do Banco Central

“Os empresários querem ter um norteamento do Poder Executivo, um Plano de Governo, metas, querem participar desse bom debate, desse diálogo”, afirmou Paulo Octávio, presidente do LIDE Brasília.

Falando para mais de uma centena de empresários do Lide Brasília, nesta quarta-feira (8), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez duras críticas à condução do Brasil durante a pandemia da Covid-19. Sem citar diretamente o presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), o senador mineiro afirmou que “na fase mais crítica da vida nacional, em vez de união, o Brasil experimentou o acirramento e as teses antagônicas, como se a discussão da doença fosse política”. Classificando essa batalha ideológica como “imaturidade política”, Pacheco disse que “o negacionismo, que era uma tese, virou uma brincadeira macabra medieval”.

Força Econômica

O senador afirmou que “há obviamente uma força econômica que é absolutamente fundamental para o Brasil, no momento em que nós estamos avizinhando problemas, como inflação, como desemprego, como alta da taxa de juros, uma desvalorização muito crescente do real, referente a outras moedas, em especial referente ao dólar.”

Sabedoria e busca de entendimento

O anfitrião do evento, Paulo Octávio, classificou a reunião com o presidente do Senado como  excepcional. Foram abordados pelo senador, presidente do Congresso Nacional todos os pontos que, hoje, afligem o cenário político, econômico, social e ambiental do Brasil com sabedoria, paciência, com calma, busca do entendimento, da conciliação, e conhecimento que mostrou sobre todos os temas que hoje são debatidos no Brasil.

Momento Político

As declarações dadas durante a palestra “O momento político e os desafios de um projeto de reconstrução nacional”, proferida no Brasília Palace Hotel, falando da atuação do Congresso Nacional durante a pandemia, Rodrigo Pacheco destacou a aquisição de vacinas enquanto o Poder Executivo patinava na insegurança em relação aos contratos apresentados pelas primeiras empresas.

“É um erro hostilizar a China”

Pacheco: ” O Brasil depende mais da China do que ela de nós”.

Além de analisar a conjuntura nacional durante a crise sanitária que já se arrasta há quase dois anos, Pacheco também fez críticas aos constantes atritos com a China. “É um erro estratégico hostilizar, como vemos alguns fazendo, uma grande parceira comercial. O Brasil depende mais da China do que ela de nós”, avaliou. Além disso, fez uma defesa do empresariado, a quem não vê como inimigo dos trabalhadores. “É preciso modernizar a legislação trabalhista e entender a importância do empresário e do empreendedor. É absolutamente intolerável a criminalização do lucro e do desenvolvimento”, acrescentou.

Visão dos empresários sobre 2022

Mais de cem empresários discutiram com políticos e lideranças empresariais  a expectativa do setor produtivo para 2022. O presidente do LIDE Brasília, Paulo Octávio, sintetizou em entrevista ao Repórter Brasília o sentimento do setor produtivo. “São empresários comprometidos com o crescimento econômico, com a geração de emprego que não esmoreceram com a Covid, e que continuaram trabalhando”. Querem que haja um bom debate  e que o Brasil eleja o candidato mais preparado para enfrentar os desafios de 2022.

Norteamento do Executivo

“Os empresários querem ter um norteamento do Poder Executivo, um Plano de Governo, os empresários querem metas, querem participar desse bom debate, desse diálogo”, cobrou o empresário vislumbrando as metas para 2022.

Rumos do Brasil

Para o líder empresarial que atua na construção civil, no ramo de hotéis, shoppings, turismo, entre outros empreendimentos, “está todo mundo um pouco perdido, ninguém sabe qual é o rumo do Brasil, para que lado que vai, quais as propostas importantes, quais são as grandes obras, quais os desafios, os investimentos em infraestrutura”.

Empresários desmotivados

Paulo Octávio disse que fica muito preocupado quando vê empresários desmotivados. Lembra que são os empresários que tocam a economia desse país. “Por isso que faço esses debates, encontros do Lide, para que a gente possa discutir e mostrar que o Brasil tem grande futuro”. Argumentou: “nós estamos ha 152 anos sem um conflito militar. Nós não temos grandes questões ideológicas discutidas no Brasil, nós não temos terrorismo, não temos uma briga racial como outros países enfrentam. Temos um solo maravilhoso, com muita água, com muita riqueza, um patrimônio incalculável que tem que ser bem administrado”, acentuou.

Preservar a Amazônia

A questão ambiental é seríssima, não adianta a gente dissociar, neste momento, do resto do mundo. Se a preocupação de todos os cidadãos do planeta é a questão ambiental, nós não podemos nos furtar de discutir isso. Tem que preservar a Amazônia, custe o que custar”, aconselhou Paulo Octávio.

Ganhos para o setor produtivo

Ainda sobre a atuação do Congresso, o presidente do Senado lembrou os ganhos para o setor produtivo nacional, como a Reforma da Previdência, o marco legal do saneamento básico, a autonomia BC e os aprimoramentos legislativos para um ambiente econômico adequado.  “Um Congresso reformista é obrigação com a sociedade. É importante não confundir reformismo com mudanças legislativas que levem à insegurança jurídica, mas temos de atender à necessidade de modernização do País”, acrescentou.

Reforma do sistema político

Recém filiado ao PSD e pré-candidato à Presidência da República, Rodrigo Pacheco destacou a reforma do sistema político proporcional, prevendo que a enorme quantidade de agremiações políticas do momento atual seja reduzida para dez a 12 partidos em uma década. E fez uma defesa intransigente da democracia. “É impensável que se cogite algo que não seja o Estado democrático de direito e o respeito às instituições”, reforçou.

PEC dos Precatórios

“As vacinas foram fundamentais para se ter o Butantan e a Fiocruz com a autonomia para desenvolver o Brasil neste campo”, acrescentou. No atual momento da crise provocada pela Covid-19, ele destacou a promulgação no Congresso Nacional da parte aprovada da PEC dos Precatórios, que injetará recursos para manter o Auxílio Brasil. “Programas sociais no País são inevitáveis, mas com porta de entrada e de saída e estímulo ao cidadão para procurar trabalho”, afirmou.

Ganhos para o setor produtivo

Ainda sobre a atuação do Congresso, o presidente do Senado lembrou os ganhos para o setor produtivo nacional, como a Reforma da Previdência, o marco legal do saneamento básico, a autonomia BC e os aprimoramentos legislativos para um ambiente econômico adequado.  “Um Congresso reformista é obrigação com a sociedade. É importante não confundir reformismo com mudanças legislativas que levem à insegurança jurídica, mas temos de atender à necessidade de modernização do País”, acrescentou.

Opinião  das lideranças presentes

Presentes ao encontro do LIDE também senadores, deputados, secretários de Estado e dirigentes de instituições financeiras.

Empresário Paulo Octávio, presidente do LIDE

Para o empresário, é importante no cenário que vivemos no Brasil ,quando se aproximam as eleições eleitorais de 2022, é necessário esse debate sadio com vozes diferentes, correntes diferentes. “Isso é a beleza da democracia poder saber que temos outros caminhos que o Brasil pode trilhar, que o Brasil precisa mudar. O Brasil tem todas as condições para dar certo. Está faltando uma reflexão maior e um debate sobre esses itens de uma forma inteligente, democrática, sábia, sem extremismos”.

Empresários e políticos trabalhando juntos para recuperação  do País

Empresários e políticos trabalham juntos para a recuperação  do País. Paulo Octávio afirmou que “o Rodrigo Pacheco trouxe uma palavra de entendimento, do bom diálogo em todos os temas, que é muito bom”. Falou dos projetos que estão sendo costurados, hoje, no Congresso Nacional, a questão do REFIS, a questão da reforma tributária, a questão das contas públicas, a questão dos precatórios. Esse entendimento de país foi muito bem colocado pelo presidente do Senado, mostrando que ele está a par de tudo, de todos os projetos em andamento, quem são os autores, quem são os relatores, e como andam. A “Casa do Povo” mostrou ao setor de empreendedorismo que podemos trabalhar, com o mesmo entusiasmo, com o mesmo afinco, sem esmorecimento, porque é a aliança da boa política, da boa economia, que constroem o país. O Rodrigo, pelo visto, está preparado para enfrentar os debates que acontecerão em 2022”, comentou Paulo Octávio.

Paulo Henrique Costa, presidente do BRB

Para o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, a reunião do Lide é bastante positiva, uma oportunidade de debater o Brasil, debater a democracia, a economia, e os caminhos para que a gente possa ter um desempenho cada vez melhor da economia brasileira.

O BRB com uma presença mais forte no meio empresarial. Para o próximo ano, afirmou Paulo Henrique, vai ser continuar  o crescimento, do fortalecimento do BRB junto ao setor produtivo, fortalecimento da economia do Distrito Federal, sem perder de vista o nosso papel de banco público e social.

Chico Vigilante, deputado Distrital (PT/RS)

O deputado distrital Chico  Vigilante (PT/DF)  acha importante que os empresários estejam efetivamente preocupados com os rumos da economia brasileira. Para Chico Vigilante “o ano de 2022 será extremamente difícil, talvez mais difícil do que 202, portanto, todo mundo tem que dar as mãos para tirar o Brasil do buraco que o meteram”, concluiu o deputado petista.

Rodrigo Delmasso, deputado Distrital,  (Republicanos/DF)

Para o deputado Rodrigo Delmasso (Republicanos /DF) a reunião de empresários com lideranças políticas é de extrema importância para a retomada da economia, no Distrito Federal nesta pós-pandemia.

“A atuação dos empresários, acentua o deputado distrital, será da maior importância para que a gente possa construir um novo DF”.

Laerte Bessa, deputado Federal (PL/DF),

Laerte Bessa, deputado federal do PL pelo Distrito Federal, lembra que é um ano de eleição e é o momento em que os empresários têm que se reunir. O parlamentar defende que o Brasil precisa voltar a crescer, e que não podemos ficar chorando as mágoas  do que nós perdemos com essa pandemia. “Vamos incentivar os empresários para que o Brasil possa crescer novamente”, acentuou Laerte Bessa.

Izalci Lucas, Senador (PSDB/DF)

Na opinião do senador tucano, Izalci Lucas (PSDB/DF), “é muito oportuno num momento como esse, ouvir os empresários, esse diálogo  com os políticos aqui, com a presença do presidente do Senado”. Izalci Lucas classificou como um debate fundamental para equilibrar estas questões do desenvolvimento econômico.

André Clemente, Secretário de Economia do DF

O secretário de Economia do DF, André Clemente, destacou a importância do LIDE para Brasília. “As reuniões são momentos de reflexão, onde os empresários discutem o que fazer por Brasília. Chegamos ao final de 2021 com muita superação, com crises, com pandemia. Se olharmos para trás, nós todos: Brasília, setor produtivo, servidor público, políticos, vamos ter muitas alegrias. Nós crescemos economicamente, nós crescemos em qualidade de vida, crescemos no cuidado com as pessoas, crescemos na nossa responsabilidade,  na nossa atenção para um mundo melhor.  Isso tudo tem nos tornado maiores, e nos ensinado a andar juntos. Por isso, a economia do Distrito Federal vem crescendo”, afirmou André Clemente.

Revelou que no primeiro ano de 2019 desse mandato, 1%  de PIB, no segundo, pelo menos 4%, já retornamos a mais 5% neste ano de 2021, e uma projeção de 2% no ano que vem, com excesso de arrecadações constantes, operações de crédito e recuperação de redes. “Fico muito honrado de trazer todas essas informações na presença  do nosso honrado e ilustre presidente do Senado, a quem trago todas as considerações, todas as homenagens do governo Ibaneis Rocha”.

Jamal Jorge Bittar, presidente da FIBRA

Jamal Jorge Bittar, presidente da Federação das Indústrias do DF (FIBRA) destacou a importância do setor produtivo na recuperação da economia. Destacou uma reunião dos empresários com governo e Legislativo, na CNI, na terça-feira, onde também foram colocados os principais pontos da indústria  para a recuperação do País.

Joaquim Domingos Roriz Neto, subsecretário  de Parcerias Comunitárias

“Eu acho que o papel do empresário, especialmente hoje, é extremamente fundamental, a gente precisa focar não só na assistência para as pessoas que mais necessitam, com projetos e programas sociais, mas com geração de emprego”. Joaquim Roriz Neto afirma que “a gente precisa valorizar o empresário, é ele que gera o emprego, ele que dá dignidade para as pessoas que estão hoje passando fome”.

Sobre seu futuro político, disse: “muitas pessoas pedem para eu me candidatar, eles falam, Joaquim você precisa continuar a história do seu avô, foi uma pessoa que marcou a cidade de Brasília, que deu dignidade para os mais pobres. As pessoas falam que além de ser um maestro, ele era considerado o “pai dos pobres”, o governo está aqui pra ajudar quem precisa, e eu ainda não definir uma candidatura para 2022, mas muitas pessoas estão pedindo, e é o que a gente que fazer, é respeitar a vontade do povo”, acentuou sinalizando com sua candidatura.

HOMENAGENS

Antes da apresentação de Rodrigo Pacheco, ele e o presidente do LIDE Brasília, o empresário Paulo Octávio, foram homenageados pelo secretário de Economia, André Clemente. Os dois receberam a Medalha Mérito Economia, junto com outros representantes do setor produtivo. Outro laureado foi Edmar Mothé, CEO da BioMundo, empresa voltada à alimentação saudável. Ele recebeu o Prêmio Líderes do Brasil, categoria Brasília, como um case de expansão regional e nacional.

Rede de Produtos Naturais

Segundo Paulo Octávio, a BioMundo é a segunda maior rede de produtos naturais do País, com 160 lojas em 16 estados, que atendem em média 200 mil clientes mensais. “Apesar das mudanças no cenário econômico e de consumo causados pela pandemia, a empresa cresceu 35% em 2020 e estima, para 2022, incremento de 30% em seu faturamento anual e a geração de 1.520 empregos diretos”, avaliou.

SOBRE O LIDE

Fundado em junho de 2003, o LIDE – Grupo de Líderes Empresariais é uma organização de caráter privado, que reúne empresários em nove países e quatro continentes. Atualmente tem 1.300 empresas filiadas (com as unidades nacionais e internacionais), que representam 49% do PIB privado brasileiro. O objetivo do Grupo é difundir e fortalecer os princípios éticos de governança corporativa no Brasil e no exterior, promover e incentivar as relações empresariais e sensibilizar o apoio privado para educação, sustentabilidade e programas comunitários. Para isso, são realizados inúmeros eventos ao longo do ano, promovendo a integração entre empresas, organizações, entidades privadas e representantes do poder público, por meio de debates, seminários e fóruns de negócios.

Repórter Brasília, Edgar Lisboa