quarta-feira, maio 15, 2024
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Agilidade máxima com incômodo mínimo nas obras do Drenar DF

Construção do sistema de drenagem que promete acabar com pontos de alagamento no Plano Piloto é executada no subterrâneo

Já imaginou construir um sistema de drenagem de águas pluviais sem a abertura de grandes valas na superfície? O que parece um sonho é realidade no Drenar DF. O ambicioso projeto de escoamento já começou a ser executado no início da Asa Norte sem a necessidade de interdição completa de vias. O método empregado na obra garante mais agilidade com um mínimo de incômodo para a população.

O pontapé inicial do Drenar DF foi dado em 10 de janeiro, com a assinatura de cinco contratos de serviço: um investimento que soma R$ 174 milhões | Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília/Agência Brasília

A tecnologia usada pelo Drenar DF, chamada de tunnel liner, concentra os serviços no subterrâneo. Poços de visita (PVs) são abertos na superfície até que se alcance a profundidade necessária, que pode chegar a 22 metros. A partir deles, é feita a escavação das galerias. A cada 46 cm de solo escavado, chapas de aço curvadas são montadas para sustentar o túnel aberto – um serviço que se desenrola longe dos olhares da comunidade.

“Quando falamos em drenagem, a população logo pensa na obra feita em Vicente Pires, onde ruas inteiras precisavam ser bloqueadas. As vias eram abertas para a instalação das manilhas e depois fechadas”, comenta o presidente da Terracap, Izidio Santos. “Os trabalhos do Drenar DF são executados quase que totalmente no subterrâneo. Vai ser uma construção pouco vista pelos moradores.”

O incômodo é mínimo, mas não é inexistente, vale ressaltar. A abertura dos PVs pode gerar algum transtorno. “Precisamos abrir um desses poços em cima de uma calçada, por exemplo”, comenta o engenheiro civil Antônio Guimarães, um dos responsáveis pelas obras. “Fizemos o desvio temporário com brita e cercamos o buraco com chapas metálicas para garantir a segurança do pedestre. Terminada a obra, tudo volta ao normal”.

A retirada do material resultante da escavação também pode gerar algum incômodo. “Usamos equipamentos pesados nesse serviço, como caminhões e retroescavadeiras”, conta Antônio. “Por isso, talvez haja a necessidade de, em algum momento, ocupar uma faixa de rolamento de alguma via. Mas, ainda assim, o impacto é muito menor do que ter uma rua inteiramente bloqueada”.

Além da pouca interferência na superfície, o tunnel liner tem outras vantagens. A técnica apresenta menos riscos aos colaboradores e à população durante as obras, tendo um sistema de montagem que garante uma maior agilidade e produtividade. Outro ponto positivo é a garantia de execução nos mais variados tipos de solo, fazendo o método ser confiável e versátil.

Fonte: Agência Brasil