Restaurantes Comunitários do DF ofertam as duas refeições a R$ 1,50 por pessoa. Em breve, Arniqueira e Sol Nascente terão suas unidades, totalizando 16 na capital
A desempregada Francileuda Lima, 49 anos, acorda diariamente às 7h. Arruma os dois filhos, Janice, 10, e Artur, 5, e a família segue a passos apressados para o Restaurante Comunitário do Paranoá, na quadra 2. Lá, eles tomam o café da manhã, ao custo total de R$ 1,50. Retornam para casa e, por volta de 11h30, estão de volta ao local – desta vez para o almoço. De barriga cheia, Francileuda ainda leva uma marmita para o marido.
Moradora há oito anos do Paranoá, a senhora conta que repete essa rotina três vezes por semana. E com gosto. “Pra gente é importante, porque é uma comida boa a R$ 1. Você vai ali no comércio, R$ 1 não compra nada. Nem um pão”, afirma. “É uma comida muito boa, gostosa, com pouca gordura. Olha o apetite da minha filha”, ri. A família já é atendida pelo governo com outros benefícios: os cartões Gás e Material Escolar, e também já recebeu o Prato Cheio.
Outro frequentador assíduo é o aposentado Luiz Constantino, 77, morador do Paranoá Parque. Reside há cinco anos por lá, depois de se alistar na Codhab e ser beneficiado por um programa habitacional do governo federal. O senhor, que trabalhou muitos anos na roça, mora sozinho. Evangélico, é conhecido no local por fazer uma oração com alguns colegas de almoço.
“Venho ao restaurante quase todo dia. O café da manhã é uma delícia e o almoço também é bom. A feijoada é meu prato predileto”, opina. Seu Luiz conta que não é a primeira unidade em que faz as refeições. “Já morei em Sobradinho e ia lá também. Este governo e o de Joaquim Roriz são os melhores que já vi no DF, ajudam muito a população”, exalta o pernambucano.
Luiz Constantino e a família Lima são apenas alguns dos usuários do restaurante do Paranoá, que bate uma média de 1.500 almoços servidos por dia. Já o desjejum, são 200 diariamente. Além dessa unidade, outras 13 estão espalhadas por várias cidades do DF e são geridas pela Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes). O almoço vendido pelos restaurantes custa em média R$ 6,17, portanto o subsídio do GDF é de cerca de R$ 5 em cada refeição. O café da manhã custa R$ 0,50 e é servido em nove unidades.
“Nosso objetivo é levar o café da manhã para todos os 14, estamos operacionalizando isso. A adesão é cada vez maior, o pessoal tem aprovado”, aponta a subsecretária de Segurança Alimentar e Nutricional da secretaria, Karla Lisboa.
“E teremos em breve os restaurantes de Arniqueira e do Sol Nascente, regiões que precisam muito e onde foi feito um estudo de viabilidade e da situação de vulnerabilidade”, explica. A comida apreciada por muitos brasilienses é balanceada – o almoço tem em torno de 1.000 kcal – e supervisionada por nutricionistas. Em 2021, foi servido um total de 7,9 milhões de refeições em todo o DF.
Arniqueira e Sol Nascente
As cidades de Sol Nascente/Pôr do Sol e Arniqueira ganharão em breve suas unidades. A primeira será construída na Quadra 105, Trecho 2, do Sol Nascente, e o salão terá a capacidade para receber 370 comensais. O local servirá até 2.500 refeições por dia, tanto no café quanto no almoço. O investimento do GDF é de R$ 4,78 milhões.
Já o novo restaurante de Arniqueira será instalado na QS 09, Lote 3, Avenida Águas Claras, e o salão terá 288 lugares. Serão investidos R$ 4,5 milhões na unidade, que será localizada próximo ao Serviço de Acolhimento Institucional da Sedes, que atende a 100 pessoas em situação de extrema vulnerabilidade, seja em situação de rua ou desabrigo. A reforma dos dois restaurantes já está em andamento e são de responsabilidade da Novacap.
Serviço
Restaurantes Comunitários
– Café da manhã em nove unidades:
Itapoã, Samambaia, Ceilândia, Estrutural, Sobradinho, Sol Nascente, Planaltina e Paranoá: 7h às 8h30.
Brazlândia: 6h30 às 8h30.
Valor da refeição: R$ 0,50
– Almoço nas 14 unidades: 11h às 14h
Valor da refeição: R$ 1
Clique aqui para ver o endereço dos restaurantes comunitários. Os cardápios estão disponíveis no site da Secretaria de Desenvolvimento Social ou nas redes sociais da secretaria.
Fonte: Repórter Brasília