A AMD e a OpenAI anunciaram uma parceria multibilionária que prevê o fornecimento de 6 GigaWatts em chips para impulsionar Data Centers dedicados à inteligência artificial. O acordo, descrito como “definitivo”, começará com o fornecimento de 1 GigaWatt de GPUs Instinct MI450 na segunda metade de 2026, inaugurando uma nova geração de aceleradores de alto desempenho.
Segundo Lisa Su, CEO da AMD, o projeto deverá gerar dezenas de bilhões de dólares em receita para a empresa ao longo dos próximos cinco anos.
A parceria inclui múltiplas gerações de chips — começando com a série MI400, que trará até 40 PFLOPs de desempenho, 432 GB de memória HBM4 e 19,6 TB/s de largura de banda —, além de soluções em escala de rack para data centers.
Acordo histórico entre as duas empresas desponta um novo capítulo na corrida global por poder computacional em inteligência artificial
OpenAI poderá ter participação acionária na AMD
Um dos pontos mais comentados do acordo é a emissão de warrants de até 160 milhões de ações da AMD, o equivalente a cerca de 10% da empresa, que poderão ser exercidos pela OpenAI conforme metas de implantação forem atingidas. As ações estão precificadas em US$ 0,01 e só poderão ser adquiridas se os marcos técnicos e comerciais forem alcançados.
Isso inclui desde a entrega dos primeiros GigaWatts de capacidade até metas de desempenho e de valorização das ações da AMD. Cada GigaWatt de infraestrutura pode representar dezenas de bilhões de dólares em contratos, o que faz com que o valor total do acordo supere facilmente US$ 60 bilhões.
Foco em escalabilidade e nova geração de chips
De acordo com o comunicado conjunto, a OpenAI utilizará as GPUs da AMD para operações de inferência, etapa fundamental no processamento de modelos de linguagem e IA generativa.
A expectativa é que a parceria permita à empresa escalar sua capacidade computacional de maneira mais sustentável e menos dependente da Nvidia, atual líder de mercado em aceleradores de IA.
Estamos empolgados em trabalhar com a OpenAI para entregar computação em escala massiva. Essa colaboração une o que há de melhor em ambas as empresas para impulsionar a próxima fase da inteligência artificial global
Lisa Su, CEO da AMD
O cofundador e CEO da OpenAI, Sam Altman, reforçou o impacto da iniciativa: “Este é um grande passo para construir a capacidade computacional necessária para realizar o potencial total da IA. O avanço da AMD em chips de alto desempenho vai acelerar o acesso da sociedade aos benefícios da IA.”
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Corrida trilionária por poder computacional
O movimento também expõe a crescente disputa por infraestrutura energética e computacional no setor de IA.
Recentemente, a NVIDIA firmou parceria com a Intel para desenvolver chips x86 com gráficos RTX e recebeu US$ 5 bilhões em ações da Intel como parte do acordo. Com isso, as principais empresas do Vale do Silício consolidam alianças de longo prazo para assegurar acesso a Silício, energia e eficiência.
Sam Altman classificou o momento como “a fase em que toda a indústria precisa se unir, porque todos sairão ganhando”. Além da OpenAI, outras Big Techs têm anunciado planos semelhantes para construir supercentros de dados de até 10 GigaWatts — um volume comparável ao consumo de energia de países inteiros.
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Data Centers para IA como presente e futuro
A parceria entre AMD e OpenAI será implementada em fases e envolve cooperação técnica em hardware e software, com troca de informações para otimizar o roadmap de produtos das duas companhias.
Além dos ganhos financeiros e tecnológicos, o acordo posiciona de vez a AMD como um dos principais nomes na nova era da computação acelerada, enquanto a OpenAI amplia sua autonomia e flexibilidade no uso de chips fora do ecossistema NVIDIA.
Segundo a CFO da AMD, Jean Hu, “o acordo cria um alinhamento estratégico significativo e deve ser altamente positivo para o lucro por ação da empresa”. A expectativa é que os primeiros resultados financeiros da parceria comecem a aparecer em 2027, quando o primeiro GigaWatt de GPUs estiver em plena operação.
Fonte: AMD
É muita energia
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