Na avaliação do deputado Afonso Motta (PDT/RS), o 7 de setembro ficou dentro da expectativa. Uma manifestação expressiva, com a presença de uma maioria que “a gente pode exigir mais respeito, e o tensionamento produzido pelo fanatismo, o ódio pela disputa, e por uma tentativa de transformar o processo democrático em um contexto excepcional, ou seja, provoca ruptura”.
Crime de responsabilidade
Segundo o congressista, “pela avaliação que se faz hoje, embora a gente respeite, as consequências mais graves ficaram nas ameaças. O presidente da República se valendo do governo, um motivo mais do que suficiente para a prática de crime de responsabilidade”.
Aguardar os desdobramentos
Afonso Motta afirmou que por enquanto é bom aguardar todos os desdobramentos, para ver qual o caminho a ser seguido. Segundo o parlamentar, “a manifestação do presidente da Câmara, Arthur Lira, foi mais uma tentativa de conciliação, de distensionamento, oferecendo espaço no Parlamento para algum tipo de articulação que possa trazer harmonia e paz entre os poderes”.
Ninguém fecha o Supremo
Como se esperava, acentuou Motta, “a manifestação do presidente do STF foi firme, declarando que ninguém vai fechar o Supremo Tribunal Federal. Não há dúvida. É uma estrutura brasileira que tem um grande papel, dá uma grande contribuição, uma crítica livre, e uma postura de cobrança do próprio Congresso Nacional com relação a este desdobramento do processo político jurídico do impeachment”.
Ruptura com relação ao Estado
Afonso Motta destacou que não tem nenhuma dúvida que vai continuar este tensionamento. “Ou se pauta o impeachment, ou acontece um fato extraordinário de ruptura com relação ao Estado Democrático de Direito”.
Ruptura liderada por Bolsonaro
“Não é bem assim, não sei se o exército se submeteria a uma ruptura liderada por Bolsonaro, não sei se as outras forças milicianas, que de certa forma, respaldam essa postura mais autoritária do presidente, são suficientes para uma queda do estado democrático de direito”.
Um salto no escuro
Para o deputado “é um salto no escuro. Eu acho que por isso que eu falei lá no início, que ainda vamos ter desdobramentos, os próximos dias vão ser muito importantes nesse desdobramento do 07 de Setembro”.
Posicionamento autoritário
“Os contrapontos ao posicionamento autoritário e ameaçador do presidente da República vão se confrontar, por exemplo, porque as forças que apoiam Bolsonaro na Câmara Federal e no Senado, vão permanecer dando respaldo ao Bolsonaro nessas regulações que o governo entende que são fundamentais, são importantes, ou eles com alguns judiciários hoje, não fazem referência, que eles começam a se afastar do governo”.
Tucanos fora do governo
O PSDB, em reunião do partido, decidiu se afastar do governo. Sabe-se que o Gilberto Kassab, com o PSD, tem uma bancada numerosa, e está fazendo uma avaliação profunda sobre integrar esse grupo denominado Centrão, de apoio ao presidente Bolsonaro.
Desconforto no MDB
No MDB tem setores que também estão desconfortáveis. A situação é complexa, é tensionada, é difícil. Nos próximos dias nós vamos poder ter uma avaliação mais completa”.
Multidão nas ruas
“Por outro lado, não há como negar que o Bolsonaro colocou uma multidão nas ruas através de seu propósito, através das redes sociais, um comportamento de simplificação, de generalização, então ele faz parte da sociedade brasileira que está cansada, do desemprego, do preço da gasolina, da inflação, entre outras circunstâncias extremamente negativas, a pandemia que vem atingindo radicalmente a vida das pessoas, principalmente a classe média e a mais baixa”, diz Motta.
Caristia atinge o bolso e o coração
Os preços foram para lua, tem muita carestia, e isso atinge o coração das pessoas, vamos dizer assim, o bolso, mas é o coração.
Bolsonaro divulga “declaração à nação”
Após um encontro entre Jair Bolsonaro e Michel Temer., o Palácio do Planalto divulgou nota onde Bolsonaro afirmou que “nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes”. O ex-presidente da República, Michel Temer, aconselhou Bolsonaro a fazer um aceno de pacificação entre os Poderes. Na “declaração à nação”, o presidente lista pontos que ele classificou como ‘ser um dever como presidente da República vir a público para dizer’. Bolsonaro volta atrás e ministros do Supremo observam com desconfiança o surgimento rápido da bandeira branca.
Avante para avançar

Um partido novo no Rio Grande do Sul, porém em ligeira expansão, preparando-se para as eleições de 2022. O Avante tem buscado viabilizar entregas relevantes para os municípios onde tem cravado sua bandeira. Canoas é um exemplo disso. A terceira cidade mais populosa do Rio Grande do Sul, comandada pelo prefeito Jairo Jorge, tem como aliado um nome de peso: Anderson Dorneles, presidente estadual da sigla.
Olhar para a educação
Recentemente, em agendas em Brasília, a parceria garantiu o repasse de R$ 606 mil do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) para retomada da obra da Escola Municipal Central Park, no bairro Mato Grande. “Uma das nossas principais preocupações é a garantia de educação de qualidade para os alunos da rede pública de Canoas. Liberar este repasse nos garante a retomada de uma obra essencial, parada há dois anos.”, explicou o presidente da sigla, que recentemente filiou o vice-prefeito da cidade, Dr. Nedy.
Segurança metropolitana
Outra conquista para Canoas reflete no combate à criminalidade em toda a Região Metropolitana. A dupla conseguiu a modificação do Plano de Trabalho da Guarda Municipal. Trata-se de um convênio feito em 2013 cujo saldo é de R$ 645 mil. O Ministério da Justiça e Segurança Pública deve liberar os recursos em até 60 dias para que o município invista em tecnologia, inteligência na análise criminal e modernização da estrutura de segurança.
Com informações da Coluna Repórter Brasília