sexta-feira, novembro 22, 2024
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Volume dos Serviços varia -0,3% em setembro

Em setembro de 2023, o volume de serviços no Brasil decresceu 0,3% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. O setor de serviços se encontra 10,8% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 2,6% abaixo de dezembro de 2022 (ponto mais alto da série histórica).

Período Variação (%)
Volume Receita Nominal
Setembro 23 / Agosto 23* -0,3 1,0
Setembro 23 / Setembro 22 -1,2 3,1
Acumulado Janeiro-Setembro 3,4 7,3
Acumulado nos Últimos 12 Meses 4,4 8,7
 *série com ajuste sazonal 

Frente a setembro de 2022, na série sem ajuste sazonal, o volume de serviços recuou 1,2%, interrompendo uma sequência de 30 taxas positivas.

O acumulado no ano chegou a 3,4% frente a igual período de 2022. O acumulado em 12 meses recuou de 5,3% em agosto para 4,4% em setembro.

Pesquisa Mensal de Serviços  –  Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação  –  Setembro 2023 – Variação (%)
Atividades de Divulgação Mês/Mês anterior (1) Mensal (2) Acumulado no ano (3) Últimos 12 meses (4)
JUL AGO SET JUL AGO SET JAN-JUL JAN-AGO JAN-SET Até JUL Até AGO Até SET
Volume de Serviços – Brasil 0,6 -1,3 -0,3 3,6 0,6 -1,2 4,6 4,0 3,4 6,0 5,3 4,4
1. Serviços prestados às famílias 1,1 -3,7 3,0 5,3 -1,1 2,5 5,8 4,9 4,6 8,8 7,1 5,8
1.1 Serviços de alojamento e alimentação 2,2 -3,6 0,5 6,1 -1,4 0,3 6,1 5,1 4,6 8,8 7,0 5,6
   1.1.1 Alojamento  –  –  – 1,6 1,1 6,1 9,5 8,5 8,2  –  –  –
   1.1.2 Alimentação  –  –  – 4,3 -0,2 -1,1 5,5 4,7 4,0  –  –  –
1.2 Outros serviços prestados às famílias -1,4 -3,2 16,3 0,5 0,3 14,6 3,9 3,4 4,8 8,9 7,6 7,2
2. Serviços de informação e comunicação -0,1 -0,9 -0,7 4,4 2,4 -0,7 5,2 4,9 4,2 4,7 4,6 4,1
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) -0,2 -1,1 -1,1 5,3 1,8 -1,1 5,7 5,2 4,4 5,2 5,0 4,3
2.1.1 Telecomunicações 0,4 -0,8 0,0 5,2 2,1 0,1 2,7 2,6 2,3 -0,9 -0,2 0,2
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação 1,0 -1,7 -0,5 5,3 1,5 -2,3 9,0 7,9 6,7 12,1 10,7 8,9
2.2 Serviços audiovisuais -1,7 5,0 -1,9 -2,3 7,5 3,2 2,2 2,9 2,9 1,2 2,0 2,3
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares -0,9 0,8 -1,1 3,4 4,1 0,7 4,4 4,3 3,9 5,7 5,4 4,9
3.1 Serviços técnico-profissionais -0,7 1,9 -3,7 5,3 6,5 -3,4 5,9 6,0 4,8 7,0 6,8 5,6
3.2 Serviços administrativos e complementares -0,2 -0,4 0,6 3,1 2,5 2,5 4,1 3,9 3,7 5,4 5,0 4,7
   3.2.1 Aluguéis não imobiliários 0,2 1,9 2,2 17,9 17,9 17,9 21,4 20,9 20,6 25,1 24,1 23,0
   3.2.2 Serviços de apoio às atividades empresariais -0,6 -0,9 -0,1 -1,0 -1,6 -2,0 -0,5 -0,7 -0,8 0,4 0,1 -0,2
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio 0,4 -2,1 -0,2 2,3 -1,2 -2,2 5,0 4,1 3,4 8,1 6,6 5,2
4.1 Transporte terrestre 0,7 -1,2 -0,3 6,6 3,2 2,1 9,5 8,6 7,8 13,4 11,5 9,9
   4.1.1 Rodoviário de cargas  –  –  – 20,9 10,9 4,9 12,8 12,5 11,6  –  –  –
   4.1.2 Rodoviário de passageiros  –  –  – -11,7 -8,9 -10,7 4,0 2,2 0,7  –  –  –
   4.1.3 Outros segmentos do transporte terrestre  –  –  – 0,1 0,8 9,6 2,8 2,5 3,3  –  –  –
4.2 Transporte aquaviário 0,4 -1,1 2,5 1,6 -2,0 4,9 9,7 8,0 7,7 10,5 8,8 8,2
4.3 Transporte aéreo 0,8 -0,4 -2,5 9,9 8,5 2,0 0,4 1,5 1,5 3,9 3,9 2,4
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio -0,2 -5,0 2,3 -8,8 -13,3 -13,8 -3,2 -4,5 -5,6 -0,2 -1,7 -3,2
5. Outros serviços -0,1 -2,7 0,8 4,2 -6,1 -4,7 0,6 -0,3 -0,8 1,4 1,1 0,9
    5.1 Esgoto, gestão de resíduos, recuperação de materiais e descontaminação  –  –  – 1,4 0,9 0,4 3,7 3,3 3,0  –  –  –
    5.2 Atividades auxiliares dos serviços financeiros  –  –  – 0,1 -2,9 -5,2 -4,8 -4,6 -4,7  –  –  –
    5.3 Atividades imobiliárias  –  –  – 10,5 14,1 5,5 14,6 14,5 13,5  –  –  –
    5.4 Outros serviços não especificados anteriormente  –  –  – 7,4 4,1 3,9 8,9 8,2 7,8  –  –  –
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas. (1) Base: mês imediatamente anterior – com ajuste sazonal; (2) Base: igual mês do ano anterior;  (3) Base: igual período do ano anterior; (4) Base: 12 meses anteriores.

A variação negativa do volume de serviços (-0,3%) de agosto para setembro de 2023 foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas, com destaque para serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,1%) e informação e comunicação (-0,7%). O primeiro eliminou o ganho de 0,8% verificado em agosto e o último emplacou o terceiro revés consecutivo, com perda acumulada de 1,7% no período julho-setembro. Já nos transportes (-0,2%) houve ligeiro decréscimo, após também terem recuado 2,1% em agosto.

Em sentido oposto, os serviços prestados às famílias (3,0%) e os outros serviços (0,8%) assinalaram as únicas expansões do mês, com a primeira atividade recuperando quase toda retração observada em agosto (-3,7%); e a última apontando crescimento depois de três resultados negativos seguidos, quando teve perda acumulada de 3,3%.

Ainda na série com ajuste sazonal, a média móvel trimestral mostrou decréscimo (-0,4%) no trimestre encerrado em setembro de 2023 frente ao nível do mês anterior. Entre os setores, houve disseminação de taxas negativas, já que quatro das cinco atividades recuaram frente ao nível do trimestre terminado em agosto: outros serviços (-0,7%); transportes (-0,6%); informação e comunicação (-0,6%); e profissionais, administrativos e complementares (-0,4%). Os serviços prestados às famílias (0,1%) assinalaram a única variação positiva.

Frente a setembro de 2022, o volume do setor de serviços, ao recuar 1,2% em setembro de 2023, interrompeu uma série de trinta taxas positivas seguidas. A queda deste mês foi acompanhada por três das cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em apenas 47,6% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (-2,2%) exerceram o principal impacto negativo. Os demais recuos vieram de outros serviços (-4,7%) e de informação e comunicação (-0,7%).

Em sentido oposto, os serviços prestados às famílias (2,5%) e os profissionais, administrativos e complementares (0,7%) foram as únicas contribuições positivas sobre o volume de serviços.

A variação do indicador acumulado de janeiro a setembro de 2023, frente a igual período de 2022, foi de 3,4%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento em 56,0% dos 166 tipos de serviços investigados.

Entre os setores, a contribuição positiva mais importante ficou com o ramo de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (3,4%). Os demais avanços vieram de informação e comunicação (4,2%); de serviços profissionais, administrativos e complementares (3,9%); e de serviços prestados às famílias (4,6%). Em contrapartida, os outros serviços (-0,8%) exerceram a única influência negativa no acumulado no ano.

Serviços recuam em 17 das 27 Unidades da Federação em setembro

A maior parte (17) das 27 Unidades da Federação (UF) assinalou retração no volume de serviços em setembro de 2023, na comparação com o mês imediatamente anterior, acompanhando o recuo observado no resultado do Brasil (-0,3%). Entre os locais que apontaram taxas negativas nesse mês, o impacto mais importante veio de São Paulo (-1,2%), seguido por Goiás (-4,5%), Rio Grande do Sul (-1,6%) e Distrito Federal (-2,6%).

Em contrapartida, Rio de Janeiro (1,9%), seguido por Ceará (1,9%) e Pernambuco (1,0%) exerceram as principais contribuições positivas do mês.

Frente a setembro de 2022, a retração do volume de serviços no Brasil (-1,2%) foi acompanhada por 10 das 27 UFs. A influência negativa mais importante veio de São Paulo (-7,3%). Em sentido oposto, Rio de Janeiro (5,5%), Paraná (11,1%) e Mato Grosso (20,8%), seguidos por Minas Gerais (4,3%), Mato Grosso do Sul (12,4%) e Ceará (5,3%) assinalaram os principais avanços do mês.

No acumulado até setembro de 2023, frente a igual período de 2022, o avanço do volume de serviços no Brasil (3,4%) foi acompanhado por 25 das 27 UFs. Os principais impactos positivos foram de Minas Gerais (8,4%), Paraná (11,9%) e Rio de Janeiro (5,2%), seguidos por Mato Grosso (18,1%), Santa Catarina (9,2%) e Rio Grande do Sul (6,0%). As únicas influências negativas sobre índice nacional foram de São Paulo (-0,9%) e Amapá (-3,8%).

Atividades turísticas crescem 1,5% em setembro

Em setembro de 2023, o índice de atividades turísticas apontou expansão de 1,5% frente ao mês imediatamente anterior, após ter mostrado queda de 1,4% em agosto. Com isso, o segmento de turismo se encontra 4,5% acima do patamar de fevereiro de 2020 e 2,9% abaixo do ponto mais alto da série, alcançado em fevereiro de 2014.

Regionalmente, apenas cinco dos 12 locais pesquisados acompanharam este movimento de expansão verificado na atividade turística nacional. A contribuição positiva mais relevante ficou com Rio de Janeiro (9,7%), seguido por Minas Gerais (2,1%) e Santa Catarina (6,2%). Em sentido oposto, Ceará (-1,7%), Rio Grande do Sul (-0,6%) e Distrito Federal (-0,7%) assinalaram os principais recuos em termos regionais.

Na comparação setembro de 2023 / setembro de 2022, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 6,4%, sua 30ª taxa positiva seguida. Nove das 12 UFs onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para Rio de Janeiro (23,2%), seguido por Minas Gerais (17,1%), Bahia (17,1%) e Paraná (13,4%). Em contrapartida, Pernambuco (-4,6%), Ceará (-6,9%) e Distrito Federal (-2,8%) exerceram os principais impactos negativos do mês.

No acumulado até setembro de 2023, o agregado especial de atividades turísticas subiu 7,9% frente a igual período de 2022. Regionalmente, todos os 12 locais investigados também registraram taxas positivas, onde sobressaíram os ganhos vindos de São Paulo (6,3%), seguido por Rio de Janeiro (11,8%), Minas Gerais (17,5%), Bahia (13,9%) e Paraná (12,9%).

Transporte de passageiros e de cargas recuam em setembro

Em setembro de 2023, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou retração de 1,1% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, eliminando, assim, o avanço de 0,7% verificado em agosto. Dessa forma, o segmento se encontra, nesse mês de referência, 0,9% abaixo do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 23,7% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).

Já o volume do transporte de cargas apontou decréscimo de 0,2% em setembro de 2023, após ter recuado 1,8% em agosto. Dessa forma, o segmento se situa 1,8% abaixo do ponto mais alto de sua série (julho de 2023). Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 43,5% acima de fevereiro de 2020.

No confronto com igual mês do ano anterior, sem ajuste sazonal, o transporte de passageiros mostrou retração de 3,9% em setembro de 2023, após ter mostrado acréscimo de 0,2% em agosto; ao passo que o transporte de cargas, no mesmo tipo de confronto, cresceu 5,6%, assinalando, assim, o 37º resultado positivo consecutivo.

No acumulado até setembro de 2023, o transporte de passageiros mostrou expansão de 1,8% frente a igual período de 2022, enquanto o de cargas avançou 9,5% no mesmo intervalo investigado.

Fonte: IBGE